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domingo, 3 de junho de 2018

Cyanocyclas limosa (Maton, 1809)





Rio Paraíba do Sul, Vassouras, Rio de Janeiro, Brasil.
Coletado por mim nas margens do rio, em 02 de junho de 2018.

Vivem semi-enterrados no substrato,
filtrando alimentos da coluna d´água. C. limosa ocorre em locais com profundidades entre um e dois metros. Há registros antigos de até 2500 indivíduos/m2 no RS, mas em declínio devido à competição com os Corbicula. Preferem substratos arenolimosos, mas podem ocorrer também em outros substratos. Quando coexistem com Corbiculas, são mais comuns em fundo lodoso, já que a espécie invasora tem preferência por substratos arenosos.
            Quanto à reprodução, só existem estudos realizados para a espécie Cyanocyclas limosa. A espécie é hermafrodita e incuba os embriões por longos períodos de tempo, liberando-os grandes, e com forma semelhante ao adulto. Considerados euvivíparos (incubação prolongada), no marsúpio são encontradas de 20 a 25 jovens (excepcionalmente até 45) que medem entre 1 e 4,5 mm, sendo que os menores localizam-se na sua porção ventral, junto à borda das demibrânquias, enquanto os maiores são encontradas na sua parte dorsal. O comprimento dos embriões pode chegar a ¼ do comprimento da concha-mãe. Podem coexistir até duas gerações na cavidade palial (talvez até quatro), sendo eliminados aos poucos durante o ano, de forma não-sincronizada. O grande tamanho atingido pelos embriões impossibilita a expulsão dos mesmos através do sifão exalante, via câmara suprabranquial, sendo que sua liberação ocorreria por ruptura das demibrânquias. Uma vez liberados, irão se instalar nas proximidades da concha-mãe.
Esta característica peculiar determina que não ocorra a fase larval livre e, desta forma, os juvenis adotam de imediato a fase bentônica. Tal fator limita a capacidade de dispersão da espécie e restringe sua distribuição espacial. Alguns trabalhos mencionam também uma maior fragilidade destes juvenis, mais lentos e menos ativos do que os Corbicula de igual dimensão, morrendo com facilidade durante o seu transporte entre a coleta e a chegada aos laboratórios, ou quando permanece em recipientes sem circulação, o que não ocorre com os Corbicula.
Há dois picos anuais de reprodução para C. limosa na região do rio la Plata, e também Guaíba, com maior liberação de jovens no verão e inverno. Indivíduos a partir dos 8~9 mm de comprimento podem ser considerados sexualmente maduros.

Fonte: http://www.planetainvertebrados.com.br/index.asp?pagina=especies_ver&id_categoria=27&id_subcategoria=0&com=1&id=280&local=2

As peças possuem 24mm e 35mm.




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